A análise química das folhas é um importante método de avaliação do estado nutricional da planta e é por meio dela que se verifica a presença de nutrientes no solo e a efetiva absorção desses elementos pelas plantas.
Assim, com a diagnose foliar é possível determinar os diferentes níveis de minerais no tecido vegetal e constatar possíveis deficiências ou excessos de nutrientes antes mesmo do aparecimento de sintomas. Consequentemente, pode-se providenciar a correção da fertilidade do solo e estabelecer ou redirecionar um programa de adubação, evitando danos às culturas e proporcionando melhorias na produtividade das lavouras.
A análise das folhas deve levar em consideração alguns aspectos referentes à planta e às condições ambientais, tais como: a espécie da planta, sua idade fisiológica, o sistema radicular, bem como o tipo de solo, clima, relevo, drenagem etc. Esses fatores influenciam a quantidade de nutrientes na planta e, por isso, uma análise adequada deve levá-los em conta para que produza um diagnóstico mais preciso e representativo.
Amostragem de folhas
Para realizar a amostragem de folhas, é preciso atender a alguns critérios, como: o tipo de folha, a posição da folha na planta, a época adequada para coleta e o número certo de folhas. Lembre-se de que todos esses fatores variam de cultura para cultura e, portanto, cada uma tem as suas condições específicas de amostragem.
No caso de um cafeeiro, por exemplo, deve-se coletar, no verão, o 3º e 4º pares de folhas de ramos produtivos, na altura média da planta, contendo 40 folhas por amostra. Já para a cultura de soja, o tipo de folha deve ser o 3º trifólio, em época de pleno florescimento, com amostras contendo 30 folhas.
Dicas para uma adequada amostragem foliar
Além dos fatores acima mencionados, existem outras informações e precauções que não devem ser esquecidas. Confira abaixo:
- Colete as folhas que irão compor a amostra de glebas uniformes.
- Não misture folhas de variedades e espécies diferentes nem folhas com idade fisiológica diferente.
- Não colete folhas muito úmidas ou após chuva intensa.
- Evite colher as folhas após adubação foliar ou antes de 30 (trinta) dias da última adubação do solo.
- Não se deve também realizar a coleta de folhas após a pulverização com defensivos.
- Não colete folhas com danos mecânicos, pragas, insetos ou doenças, com tecidos mortos ou contaminadas.
- Evite coletar amostras que estejam próximas a estradas e carreadores.
- Utilize sacos de papel – e não sacos plásticos – para o acondicionamento da amostra das folhas.
- Identifique corretamente as amostras a serem enviadas para o laboratório, especificando dados como: identificação do proprietário e da propriedade, gleba amostrada, cultura ou variedade, data da coleta etc.
A análise foliar é, portanto, um importante instrumento que visa melhorar a produção das lavouras. Quando utilizada em conjunto com a análise de solo, apresenta uma eficiência ainda maior nos programas de adubação, proporcionando uma plantação com menores custos e ao mesmo tempo com maior produtividade.